Este Projeto de Melhorias surgiu por um acordo com uma empresa aquícola e a participação de organizações de pescadores artesanais da zona.

A partir de um convênio entre a empresa Forever Oceans e CeDePesca, com participação das organizações de pescadores artesanais da zona, começou-se a trabalhar na primeira etapa de um Projeto de Melhoras de espécies demersais capturadas com palangre de fundo artesanal ne Bahía de Charco Azul (província de Chiriquí), localizado na área do Oceano Pacífico panamenho na fronteira com a Costa Rica.

A particularidade deste projeto é que a Forever Oceans é uma empresa aquícola recentemente instalada na zona e o seu apoio está relacionado com as suas políticas de responsabilidade social comunitária. E justamente a primeira ação do projeto é definir um Regulamento consensual para o desenvolvimento da atividade pesqueira artesanal na mesma área onde estão sendo instaladas as gaiolas.

A espécie criada pela Forever Oceans é o bojalá (Seriola rivoliana), enquanto a pesca artesanal é principalmente orientada para o congro (Brotula clarkae), pargo achotillo (Lutjanus colorado), garoupa vermelha (Hyportthodus acanthistius), pargo (Lutjanus peru), pargo pargo (Lutjanus guttatus) e garoupa (Hyporthodus niphobles).

Durante o mês de julho, o diretor executivo do CeDePesca, Ernesto Godelman, fez uma visita in loco juntamente com o presidente da Federação Nacional dos Pescadores Artesanais (FENAPESCA), Ernesto Vargas, para entender os sistemas de operação e ancoragem das gaiolas e poder elaborar uma proposta que ao mesmo tempo seja segura para os equipamentos e pessoal da empresa, e preserve os direitos ancestrais dos pescadores que operam na área.

Da mesma forma, foram realizadas reuniões com representantes da empresa e dos pescadores para aproximar visões e posteriormente apresentar à Autoridade de Recursos Aquáticos do Panamá (ARAP) uma proposta de Regulamento de Pesca acordado.

Paralelamente, a equipe do CeDePesca já começou a trabalhar na pré-avaliação desta pescaria multiespecífica contra o estándar do Marine Stewardship Council (MSC), destacando-se que a exploração aquícola já possui a certificação Aquaculture Stewardship Council (ASC).